O primeiro telefone celular foi lançado pela Motorola em 1973. Quase 50 anos depois, muitas tecnologias foram desenvolvidas e aplicadas a telefones inteligentes, e atualmente existem quase 5 bilhões de telefones inteligentes no mundo. Algumas características são impopulares e não estão no mapa, enquanto outras são consistentes em termos de inovação.
1. Tela infalível
Quem nunca deixou um celular cair no chão que atire a primeira pedra. E a queda logo leva ao desespero em função de possíveis rachaduras – afinal, a tela é uma das partes mais frágeis e caras do aparelho. Foi pensando nisso que um grupo de cientistas indianos começou a trabalhar em telas que podem se autorregenerar. Pode ser o fim dos displays quebrados!
Materiais com esse potencial não são novidade no mercado, mas o novo item consegue se consertar quase que instantaneamente devido a uma força de atração que faz com que os fragmentos se reintegrem. Sua natureza cristalina favorece a aplicação em eletrônicos como os smartphones.
É importante mencionar que o estudo ainda está nas fases iniciais e a aplicação nos celulares não foi demonstrada. Cá entre nós, a esperança é a última que morre
2. Bateria que dura muuuuito (uma semana, talvez?)
Smartphones com bateria superior aos 4.000 mAh têm se tornado mais comuns. E se antes era impensável chegar a estes números, hoje o desafio é romper a barreira dos dois dias completos de uso. Alguns telefones prometem essa façanha, como o Galaxy M62, com 7.000 mAh, e o Archos X67 5G, com incríveis 8.000 mAh. O maior problema é conseguir que celulares e outros gadgets fiquem tempo prolongado longe da tomada sem comprometer as dimensões.
Um dos caminhos pode ser reduzir o consumo de energia. Cientistas de Singapura desenvolveram uma tecnologia que pretende diminuir o consumo da bateria em até 80%. Eles usaram um chip programado para gerenciar os recursos do aparelho quando não é necessário alto desempenho. A tecnologia, porém, ainda está em fase experimental.
Outro caminho é simplesmente aumentar a capacidade das baterias. Cientistas australianos trabalham em componentes que possam durar mais. Eles têm potencial de aplicação tanto em carros elétricos, entregando autonomia de 1.000 quilômetros, quanto em celulares, proporcionando pelo menos uma semana de carga. Nada mal…
3. Sem botões nem entradas. Já pensou?
Os smartphones do futuro podem não ter botões. E por mais louco que isso possa parecer, todas essas tecnologias já estão no mercado e continuam evoluindo. Sensores ultrassônicos podem substituir a função dos botões. Esse tipo de sensor, quando aplicado abaixo da tela, consegue identificar o nível de força exercido sobre o vidro. Sua aplicação vai além, podendo ser empregado no corpo do aparelho. Aparelhos sem botões já existem, como o Meizu Zero.
Os vários orifícios no corpo do aparelho também podem estar com os dias contados em virtude de tecnologias que já existem. As entradas para fones de ouvido perderam espaço, dando lugar aos fones sem fio. O carregamento sem fio evoluiu muito e há opções de carregadores assim por preços mais acessíveis. Até mesmo o SIM card pode ser substituído pelo eSIM, que tem ganhado espaço em modelos premium.
Permanecem vários inconvenientes, tais como o fato de que o carregamento sem fio é mais lento que via cabo, devido à perda de energia do processo, ou os problemas de conexão que fones Bluetooth podem enfrentar. Mas é certo acreditar que o celular do futuro não terá nem botões, nem entradas.
4. Levíssimo – talvez com fibra de carbono
Se as telas maiores são muito bem-vindas, o mesmo não se pode dizer do peso dos aparelhos. Pensando nisso, a empresa alemã Carbon Mobile criou um celular feito de fibra de carbono de apenas 125 gramas. A redução do peso é da ordem de 20% a 30% em relação aos celulares convencionais com as mesmas dimensões. O material não foi escolhido ao acaso, uma vez que proporciona maior resistência, não oxida e garante leveza ao produto final.
5. Carregador super-rápido, para não esperar muito na hora de recarregar
O tempo que perdemos esperando o celular carregar está na mira das grandes empresas do setor. Por exemplo, a Xiaomi anunciou um carregador de 200 Watts, bem mais do que os 30 a 50 Watts que nos acostumamos a ver nos modelos mais potentes. Há ainda uma versão para carregamento sem fio que oferece 120 Watts. Os produtos prometem o carregamento total de uma bateria de 4.000 mAh em 8 minutos e 15 minutos, respectivamente.
Ainda que existam questionamentos quanto ao produto, uma vez que ele pode diminuir a vida útil das baterias, é inegável que, no futuro, os carregadores serão muito mais rápidos. Carregadores de 45 Watts já são realidade no mercado convencional, e esse número tende a subir ainda mais.
6. Menos megapixels, mais fotos incríveis
Se há pouco tempo a conversa era sobre a adoção de câmeras com muitos megapixels em smartphones de Apple, Motorola e Samsung, o novo caminho da tecnologia fotográfica pode passar por números mais humildes e recursos computacionais mais robustos. Especulações sobre a câmera do vindouro Galaxy S22 citam sensores de até 50 MP, pouco para os padrões atuais – em termos puramente numéricos.
A aposta em sensores com mais qualidade faz sentido, uma vez que características com zoom ótico, estabilização, lentes e software embarcado podem proporcionar fotos incríveis, sem necessariamente aumentar a quantidade de megapixels. Por isso é importante saber escolher a câmera do smartphone.
Câmeras melhores definitivamente estão entre as características desejadas para o celular do futuro. Você já tentou tirar foto da lua? É uma dificuldade sem fim. Vejamos o que os próximos anos nos reservam.
Via: TechTudo